ESPUMAS FLUCTUANTES
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E Deus para o poeta o réu desala.
Sc′nii′a.lo (li? lagrimas ilo prata.
Castho ALVES.
Baixaste á campa, sonhailor, na hora,
Hora melhor da vida e da Poe.sia;
Mergulhaste na Noite eterna e fria,
Todo ensopado do orvalhar da aurora.
A Pátria, — a triste mie que te deplora,
Já nào sorri, ai não! como sorria:
E que futuro amigo promettia
Tua alma brava, esplendida e sonora!
Dorme, porém, feliz e socegado:
O mundo ainda é o mundo gangrenado,
E a dòr que te matou também nos mata
A morte, sim, é o somno immaculado:
€ E Deus para o poeta o céu desata
- Semeado de lagrimas de prata! o
Luiz Guimaii.\ks Jlnior.