Ao publicar esta formosa poesia, acompanhnu-a a Rejniblica
das seguintes palavras, sob o titulo — José Moiiifacio e
Castro Alves:
«< Quando o moço, que teve o segundo destes nomes, foi a
S. Paulo cursar as aulas de direito, encontrou como mestre
e amigo, rival e admirador, aquellc primeiro orador de seu
tempo, modelo de honestidade civica e de honradez.
Felizes os que naquclla terra de tantas tradições ouviram
n′uma mesma sala, em uma mesma festa, aquelle orador e
aquellc poeta!
Além do encanto, sentia-se a gente feliz de ser desta America
e de contemplar os dous astros. K quando <is dous cessavam,
erguiam-se outros talentos admiráveis, como por
exemplo, os de Joaquim Nabuco, Luiz Gama e outros.
Dessas festas só S. Paulo pôde, nestes dias de materialismo,
ser theatro.
Quanto ao pobre Castro Alves, mais feliz talvez, deitou-se
para sempre e sonha os sonhos da vida.
Feliz! A pátria na figura da Mãi dolorosa vela em sou
tumulo, e a poesia — amante Magdalena — o pranteia.
Ferido pela morte de Castro Alves, José Bonifácio approximou-se
á tumba gloriosa, onde dorme o poeta da Republica
e disse-lhe o ultimo adeus! Sentido até á lagrima, tocante, como
a prece, damolo á apreciarão dos leitores.
É mais um toque revelador do talento esplendido de José
Bonifácio.
O Castro, o pol)re Castro, o audaz cantor de Pedro!vo, certo
merecia um canto destes. __