Terra de glorias, de canções e brios,
Sparta, Athenas, que não têm rivaes...
Que á voz da pátria deixa a lyrae ruge...
Deus acompanhe o peregrino audaz.
E quando o barco atravessar os mares
Quaes pandas azas, desfraldando a vela,
Ha de surgir-t′esse gigante immenso,
Que sobre os morros campeando vela...
Symb′lo de pedra, que o cinzel dos raios
Talhou nos montes, que se alteam mais...
Atlas com a fórma do gigante povo...
Deus acompanhe o peregrino audaz.
Vai nas planicies dos infindos pampas
Erguer a tenda do soldado vate...
Livre... bem livre a Marselhesa aos echos
Soltar bramindo no feroz combate..
E após do fumo das batalhas tinto
Canta essa terra, canta os seus geraes,
Onde os gaúchos sobre as egoas voam...
Deus acompanhe o peregrino audaz.
E n′esse lago de poesia virgem,
Quando boiares nas subtis espumas,
Sacode estrophes, qual do rio a garça
Perolas solta das brilhantes plumas.
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Aspeto
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ESPUMAS FLUCTUANTES