Sempre que o pronuncio, como que sinto o
lábio sangrar, sangrar, pelo goso vivo, intenso,
de o pronunciar, como se a minha bôcca mordesse
com avidez, com gula, a polpa deslumbrante de
áurea carne viçosa, pubescente, fina.
Fico n′um êxtase de o murmurar baixo, mansamente, e o íicar gosando, gosando, quasi palatalmente, no requinte voluptuoso de todos os sentidos apurados.
Evap6ra-se delle o effluvio emoliente, langue, da pennugem sedosa das gatas, a colleante e hypnótica nervosidade das serpentes, tentando, fascinando, tentando, magneticamente fascinando pelo brilho agudo, aterrorisante e eléctrico, dos sinistros olhos lethificos...
Como que escôrre do teu nome um óleo doce que tudo fluidifica, dilúe...
E faz pensar n′um vasto mar desolado, deserto, em regiões longínquas, onde, d′alto, d′aza espalmada e ufana, pássaros tardos voam...
Nome excêntrico, lembrando o tropicalismo de uma vegetação exhuberada, exultante de seivas, que dir-se-hia profundamente vibrada de sensação psychica, vivendo a nevrose esthetica de sentimentos delicados.
Elle evóca-me o colorido extravagante, exótico, de uma Flor selvagem e rara destas