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e dilacerava? Onde está ella? Os thezouros d′oaro e diamantes, as pedrarias e marchetarias do Ganges, as purpuras e estrellas dos firmamentos indianos, que tu nababescamente possuiste, onde estão agora?

Ah! se tu soubesses com que encanto ao mesmo tempo delicioso e terrível, ineffavel, eu góso todas as tuas complexas, indefiniveis musicas; os teus asiáticos e lethificos aromas de ópios e de nardos; toda a myrrha arábica, todo o incenso lithurgico e estonteante, todo o ouro régio thezourial dos teus Sonhos Magos, magnificentes e insatisfeitos; toda a tua frouxa morbidez, as doces preguiças aristocráticas e edenicas de decahido Archanjo enrugado pelas Antiguidades da Dor, mas inaccessivel e poderoso, mergulhado no cháos fundo das Scysmas e de cuja Omnisciência e Omnipotência divinas partem ainda, excelsamente, todos os Dogmas, todos os Castigos e Perdões!

Oh! que demorados e travorosos sabores experimento com o quebranto feminil das tuas volubilidades mentaes de bandoleiro...

Essa alma de funestos Signos,′como que gerada dentro de atordoante e feiticeiro sol africano, com todas as evaporações flammivomas, com todas as barbarias das florestas, com todo o