236
vácuo inquietante, desolador, inenarrável, dos desertos, flexibilisa-se, vitrabilisa-se, adquire suavidades paradisíacas de açucenaes sidéreos, do cêo espiritualisado pelos mortuários cyrios roxos dos occasos...
Açula-me a desvairadora sede, espicaça-me a anciedade indomável de beber, de devorar, sorvo a sorvo, soífregamente, o extravagante Vinho turvo, de lagrimas e sangue, que orvalha, como um suor de agonias, todas essas olympicas e monstruosas florações do teu Oro;ulho.
Ah! se tu soubesses como eu intensamente sinto e intensamente percebo todos os teus alanceados, lacerados anceios, todas as tuas absolutas tristezas dormentes e magestosas, o grande e longo chorar, o desmantelamento vertiginoso das tuas noites soturnas, as fascinadoras ondas febris e ambrosiacas da tua insana volúpia, as bizarrarias e milagrosos aspectos da tua Kebellião sagrada; a fulminativa ironia dolorida e gemente, que evoca melancholias de dobres pungentes de Eequiem íeternum rolando atravez de um dia de sol e azul, vibrados n′uma torre branca junto ao Mar!... Como eu ouço religiosamente, com uncção profunda, as tuas Preces soluçantes, as tuas con. vulsas orações do Amor! Como são fascinativos, tentadores e embriagantes, os perfumosos
′jiàiÉiMi