saudades, enclier com os seus soluços, estrellar
com as suas lagrimas! Hóstia negra dos Sonhos
brancos que eu eternamente commungo! Tu que
és misericordiosa e que és boa, que és o Perdão
estrellado suspenso sobre as nossas desgraçadas
cabeças, tu que és o seio espiritual dos miseráveis
seres, embalsama-me com os teus ósculos perfumados,
com o effluvio da infância primitiva dos
teus idylios, abençôa-me com o teu Isolamento,
cobre-me com os longos mantos de
velludo e pedrarias das tuas volúpias, puriíica-me
com a graça dos teus Sacramentos,
Phantasista do soturno, do galvanico, do livido; Colorista do shakspereano e do dantesco; Mater dos meios tons e das meias sombras, das silhouettes e das nuances; trombeta de Josaphat, que fazes caminhar todos os espectros, ressuscitar todos os mortos; mascara irónica de todas as chagas; confissionario de todos os peccados; liberdade de todos os captivos, como eu recordo a galeria subterrânea dos teus mórbidos bêbados, dos teus ladrões cavilosos, das tuas lassas meretrises, dos teus cegos sublimes e formidáveis, dos teus morphéticos obumbrados e monstruosos, dos teus mendigos teratologicos, de aspecto feroz e perigoso de tigres e ursos enjaulados, acorrentados na sua miséria, dos teus errantes e desolados