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Página:Fabulas (9ª edição).pdf/129

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dos legitimos, e inimigo das aves como tu. Ave, eu? E’ boa...

O gato embasbacou, e o morcego conseguiu retirar-se dali são e salvo.

O segredo de certos homens está nesta politica do morcego. E’ vermelho? Tome vermelho. E’ branco? Viva
o branco!

— Sim, senhor! exclamou Emilia. Nunca imaginei que os morcegos fossem tão espertos. Esse vence até as raposas. Enganou a coruja e enganou o gato.

— Mas não enganou o fabulista, disse dona Benta. La Fontaine ouviu a conversa e fez a fabula, para pôr em relevo a duplicidade dos que não são uma coisa certa e sim o que convem no momento.

— Emilia, que é tão amiga da esperteza, devia casar-se com esse morcego, lembrou Narizinho — mas Emilia murmurou: “Passo”.

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