O Rato da Cidade e o Rato
do Campo
Certo ratinho da cidade resolveu banquetear um
compadre que morava no mato. E convidou-o para um
festim, marcando lugar e hora.
Veio o rato da roça, e logo de entrada muito se admirou do luxo de seu amigo. A mesa era um tapete oriental, e os manjares eram coisa papafina: queijo do reino, presunto, pão-de-ló, mãe-benta. Tudo isso dentro dum salão cheio de quadros, estatuetas e grandes espelhos de moldura dourada.
Puseram-se a comer.
No melhor da festa, porém, ouviu-se um rumor na porta. Incontinenti o rato da cidade fugiu para o seu buraco, deixando o convidado de boca aberta.
Não era nada, e o rato fujão logo voltou e prosseguiu no jantar. Mas ressabiado, de orelha em pé, atento aos minimos rumores da casa.
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