trechos ao menos, que me pareceram mais bellos.
Quando deixei Berlim, nos fins de 1862, já tinha em portuguez alguns pedaços. Na primavera de 1863, achei-me detido em Lisboa pela demora de um negocio pendente no Ministerio dos extrangeiros; cansado de esperar uma 'decisão que nunca apparecia, fui passar o mez de Julho na Cortegana, com o meu amigo Visconde de Chancelleiros. O muito que conversámos sobre a Allemanha, e a necessidade que senti de oceupar o meu ocio forçado, suscitaram-me a idéa de reunir numa traducção completa os fragmentos que possuia.
Como me captivára a primeira representação do Fausto a que assisti, assim me enlevou o trabalho a que me dei de traduzil-o. Continuei-o no meio das distracções de Baden, e terminei-o, pelos fins de 1864, na solidão das montanhas da Madeira. Admirador sincero das idéas de Goethe e da fórma sublime de simplicidade com que as revestiu, desvelei-me por transportal-as intactas para o portuguez, cuja maravilhosa flexibilidade e riqueza áudo tornam possivel. Respeitei até as liberdades de expressão, o amor do termo proprio que characterisam.o meu autor. Sinto quanto fiquei aquem do alvo em que puz o fito, mas tambem não foram pequenas as