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Página:Fausto Traduzido por Agostinho Dornellas 1867.djvu/169

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Não é tanto o calor. Não sei que tenho.
Quem me dera que a mãe 'stivesse em casa.
Sinto correr-me o corpo um calafrio...
Uma creança sou, tola e medrosa.

 
(Canta despindo-se.)
 

Houve outr'ora um Rei em Thule,
Até á morte constante;
Uma taça de ouro fina.
Lhe deixou morrendo a amante.

 

Nada mais o Rei prezava,
Nos banquetes lhe servia;
Arrasavam-se-lhe os olhos,
Sempre que della bebia.

 

Quando estava pra morrer,
Cidades, reinos contou;
A seus herdeiros os dava,
P'ra si a taça guardou.

 

Sentou-se á mesa, ao redor.
Seus cavalleiros sem par,
No salão de seus Avós,
No castello ao pé do mar.

 

Lá se ergue o bom do Rei,
Ultimo trago tomou,