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Página:Fausto Traduzido por Agostinho Dornellas 1867.djvu/222

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ELISA

Ainda que o apanhe paga-o caro!
Arrancam-lhe os rapazes a capella,
E nós á porta vamos espargir-lhe,
Palha picada.

 
MARGARIDA

Como pude outr'ora
Tão acre censurar, quando uma moça
Se deitava a perder! Como bastantes
Palavras não achava contra as faltas
Dos outros! Eram negras a meus olhos,
E denegria-as mais, e todavia
Denegridas assaz me não par'ciam.
Benzia-me e fazia-me soberba, —
E agora tambem sou peccadora.
Porém, meu, Deus, o que arrastar-me pôde
Ao mal, era tão doce, tão suave!

 


 
Muralha da cidade
 
(Num nicho uma imagem de Nossa Senhora das
Dores. Diante da imagem jarras de flôres.)
 
MARGARIDA (pondo flôres nas jarras.)

Oh volve,
Mãe dolorosa,
A meu soffrer a face piedosa !