Página:Flora pharmaceutica e alimentar portugueza.djvu/418

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'4'^0 FLOI^A PHATlMACETJTtCX " '. A. poterium. Eiri Port. Alquittra do Algar- ve. Caule arbustivo . ramoso ; peciolos hum tanto es- pinhosos no topo; foliolos assetinados de bran- co ; pedúnculos axilares, solitários, muito mais curtos que as folhas; vagens quasi duas a duas hum pouco mais compridas que o calyx. Habita perto de Sagres junto do Cabo de S. Vi- cente no Algarve. Floresce na primavera. Ar- busto. Esta espécie parece ser a 'variedade ^ do Ast. Tragachanta de Linneo , que pro- duz a gonima Tragachanta, ou Alqui- tira , que a travéz da casca sabe da medulla do tronco e ramos ; penetra as fibras lenhosas e corticaes no estado de liquido^ e pelo contacto do ar se conden- sa : por esta razão se acha adherente á superficie da planta na forma de la- minas rugosas , da grossura d* huma Unha pouco mais ou m^nos entortilha- da d maneira de intestinos , ou de grãos ordinariarãente côncavos^ como se pode ver na estampa de Tournefort (Voyage du Levant); a cor he branca ou loura : ^ primeira como mais pura. he destinada aos usos médicos^ a outra aos dos artistas : a que se acha nas oficinas vem da Turquia. Mas podere- mos nós obtela da nossa planta ? 1l>íZ' se que os arbustos Europeos dão muito pouca ou nenhuma gomma ; mas este enunciado não decide a questão: he pos- sivel que os arbustos do Oriente mais humedecidos dêm mais fácil passagevti a travéz dos seus tecidos a este li-