sovelando com o canto do olho ao pobre do Cosme Borralho que estava em termos de desconjuntar o ombro e enfiar-se duma vez ele todo pela manga da garnacha, como o mais pronto meio de sumir-se!
— Senhora desavergonhada!... gritou afinal a Rufina crescendo para a viúva.
Desabava a borrasca, e bem o conheceu a Inacinha que, sem dar-se por achada do epíteto que a outra lhe acabava de pregar na bochecha, achou modos de arredar o temporal desfeito que vinha sobre ela.
Pondo-se na ponta dos pés, alcançou o ouvido da Rufina, que não teve tempo de afastar-se.
— Foi ele que trouxe o verso de ontem.
Operou-se na atitude da mulher do almotacé súbita mudança; não que ela desengatilhasse de todo o carão engravitado pela sua pudicícia arrufada; mas já não ameaçava disparar numa descalçadeira, como as sabia dar a matrona recifense.
— Então este sujeito tem partes com os de Olinda? perguntou em tom de juiz, que ela tinha mais que o marido almotacé.
— Pois se é escrevente do cartório! E também copia os papéis do licenciado, o Davi de Albuquerque, que é o trampolineiro-mor dos tais pés-rapados. A senhora não sabe?... O maldito do entrevado, que antes Nosso Senhor lhe tivesse mirrado a língua