— Quem... quem... quem... fe... fe... fez... a... a... qua... qua... qua...
— Sim, sim, a quadra! gritou a Senhora Rufina a quem estava agastando os nervos aquela amolação.
— Não... não sei!
— Por força que há de saber. Você que a trouxe.
— Eu... ju...ju... ju.... eu ju...
— Estou vendo, homem, que você não serve para escrivão; gagueja que não se entende! disse a Rufina em tom decidido.
— Eu não sei, tornou o Cosme, cuja língua desprendeu-se; mas ouvi dizer que foi um Lisardo de Albertim, um trovista, que é todo lá dos Cavalcantis.
— Lisardo?... É um camarada do Nuno?
— Isso mesmo!
— Conheço muito! acudiu a Inacinha. Um aluado que anda sempre a olhar as estrelas! Ele passa por aqui todos os dias com um gibão de veludo já muito surrado, que perdeu a cor; por sinal tem dois batoques nos cotovelos. Logo vi que havia de ser um cousa à-toa.
— Pois eu prometo-lhe fazer presente de um gibão novo, mas há de ser de veludo verde de cansanção, que é mais chibante.
— Ele não fez por mal! observou o Cosme.