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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/167

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Foi grande o escândalo das damas, especialmente das magras; nenhuma, porém, como D. Severa, que erguendo-se de golpe e atirando para trás com um couce a longa cauda, enristou a trunfa e bateu o pé:

— É uma vingança daquele vilão descortês!... Do tal Sebastião de Castro!... Como não achou entre as nobres damas de Olinda os requebros das descocadas lá do Recife, manda-nos agora difamar por seus rimadores. Mas ele que não se meta!

Nesse instante soou na rua tropel de cavaleiros. Um troço de gente armada parou à porta da casa de André de Figueiredo, e o Sargento-Mor Leonardo Bezerra Cavalcanti, com seu filho Manuel, subiram ao sobrado em busca do capitão.

Entretanto o Nuno, que voltava da caça que em pura perda tinha dado ao Pisca-Pisca, avistou lá do outro lado, à esquina da Ladeira do Varadouro, o Lisardo que vinha em busca da casa, mas que avistando a cavalgada, arrepiou caminho.

Esperou o mascatinho que o poeta se resolvesse a ganhar a casa, cosendo-se à parede; queria comunicar-lhe a grande nova de ter sido pela D. Severa acrescentado de pajem a escudeiro e homem d'armas.

O Lisardo, porém, vinha triste e abatido, para o que tinha sobras de razão. Na véspera, à ave-maria, fora como de costume fazer de pé de muro no