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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/182

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Recebendo a cortesia que lhe vinha apresentar cada um deles, e retribuindo com igual atenção, passou à galeria onde o esperava a chusma de visitas e pretendentes. Ai ouviu de pé o recado ou peditório de cada um, com uma pachorra, que raros teriam em sua posição. Quando se pôde desvencilhar dessa interminável audiência, encaminhou-se à sala do governo onde já estava reunida a junta a que ia presidir.

Era um vasto aposento sobre o comprido, esclarecido por janelas que davam para o rio e das quais se gozava a pitoresca vista de Olinda. Uma longa mesa coberta de arrás verde corria de uma à outra ponta; na cabeceira via-se a cadeira de espaldar reservada para o governador e aos lados bancos rasos cobertos de estofo, onde já estavam sentados os ministros que se ergueram à entrada de D. Sebastião.

À direita do governador ficava o Secretário Barbosa de Lima que expandia-se como uma papoula aos raios do sol. À esquerda, o Ajudante Negreiros, sempre de viseira caída. Seguiam-se desta e daquela banda uns escreventes ou amanuenses que o governador tinha a fantasia de chamar a pretexto de ajudarem ao secretário, e cujo real préstimo era tomar os rinzes ao Barbosa de Lima se, por um caso estupendo, ele se lembrasse de soltar os panos. Um desses era imberbe; os outros já tinham sua barbica;