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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/188

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sem desconcertar-se, ouviu impassível e com uma compostura cheia de dignidade todo o arrazoado do juiz de fora.

Sua resposta foi breve e consoante com a autoridade de que se achava revestido:

— Como governador desta capitania hei de cumprir as ordens de El-Rei, meu senhor, a quem o Senado e povo de Olinda devem obediência e sujeição, e o senhor juiz ordinário, primeiro que ninguém. está na obrigação de encaminhá-los a este preceito.

Aqui o sargento-mor, Leonardo Bezerra Cavalcanti, rompeu com um desabrimento impróprio do lugar e da pessoa a quem se dirigia.

— Pois fique sabendo Vossa Senhoria que, se pode por seu arbítrio erguer o pelourinho do Recife, podemos nós os pernambucanos com a justiça que nos assiste derrubá-lo, e assim o protestamos.

Logo acudiu o Alferes Manuel Bezerra em reforço ao pai, e seguiram-se outros discursos sediciosos e palavras de arruído, com insólito desacato à autoridade do governador.

Sebastião de Castro recolheu-se ao interior do palácio, e logo após quando retirava-se o Senado de Olinda, à porta do palácio, apresentou-se o Ajudante Negreiros com uma ronda de soldados da guarda: