Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/198

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— Sim, como ia dizendo, tinha lá sua aventura; e então uma noite chamou. me: - "Anda cá." "Pronto, meu capitão." - Calçar as patas dos cavalos com botas de palha, foi um instante e toca a todo o galope. Era madrugada quando chegamos. Os flamengos andavam de refestêlo. O capitão não titubeou; foi um raio que passou entre eles. Quando correram sus, acharam a porta guardada, que lá estava eu; e trás, zás, zás, era um sarilho de espada como nunca se viu. A dama, que tivera aviso, logo saiu da câmera, já apercebida para a jornada, de sorte que o capitão foi tomando-a nos braços, saltando a janela e cavalgando.

— Disto já se não vê nestes tempos de agora! disse D. Severa para a sobrinha. Leonor que desde o princípio ao ouvir o nome de Rebelo, sentira-se presa de uma comoção estranha e não tirava a atenção do velho, estremecera mais de uma vez sob o relance d'olhos que lhe deitava aquele em certos pontos de sua narrativa.

— Foi-se o capitão com a dama, e você como safou-se?.

— Dois botes de espada, um à direita, outro à esquerda; e um pontapé na candeia! Aí ficamos todos da cor de seu mestre...

— Lá dele!