e os trouxeram à concórdia. O sargento-mor e o filho tiveram carta de seguro para se livrarem soltos da querela, e as cousas voltaram ao pé em que anteriormente se achavam, e nas quais as desejava por muito tempo ainda Sebastião de Castro que era avesso a toda complicação ou crise, como se diz na atual aravia política.
Os mascates, que já contavam infalível o despique do governador contra a arrogância dos nobres de Olinda, ficaram de orelha murcha. A Senhora Rufina, essa, quando soube que o seu plano tinha gorado, enfiou, e arregaçando o vestido até à canela, calçada com meia azul de Guimarães, exclamou:
— Aquilo é um songamonga de um papa-açorda! Mas deixá-lo comigo, que eu lhe chegarei a mostarda ao nariz!
Bem nos pesa trasladar para aqui estes destemperos de língua da varoa recifense, mas a verdade histórica assim o exige.
— Era a Senhora Rufina mulher decidida. Se ela tinha cabelo na perna, como o abelhudo do Nuno andou enredando das recifenses lá por Olinda, não sabemos; mas que o tinha na venta, isso podemos assegurá-lo.
Sem mais rodeios mandou chamar o Tunda-Cumbe que lhe viesse falar àquela mesma tarde.
Esse Tunda-Cumbe era um labrego, há anos