Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/213

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— E é para cá! disse Belinhas lançando os olhos à rua.

— Para cá?... balbuciou o capitão procurando com a vista a porta do interior.

— Será dos nossos? Deus o permita! tornou a Rosaura.

— Há de ser, há de ser, disse o Miguel Correia recobrando-se com essa idéia Aposto que foi o Viana que pediu ao ajudante para guardar sua casa...

— Ó mãe, gritou Belinhas, é de Olinda!... E estamos cercados.

O bando de homens armados, em número de vinte, desembocando na Rua da Moeda, dirigiu-se rapidamente à casa do mercador Viana, onde acabava de pôr cerco, apeando-se logo um cavalheiro que parecia o cabo.

Esta esquadra não era outra senão a que o Nuno estava na manhã daquele mesmo dia esquipando e arreando no quintal da casa de André de Figueiredo. O que de mais notável havia nela eram os trajos. Vestiam os sujeitos uma pantalona, como ainda há pouco tempo se via nos palhaços dos circos, o que lhes dava o aspecto de marmanjões de sungas vermelhas, marchetados de estrelinhas de amarelo fingindo ouro.

A cabeça traziam-na coberta com uma carapuça de lã azul, que esticada por dentro com arames,