para casa do primo Simão Ribas, com quem teve uma longa prática.
O resultado dessa prática foi partirem imediatamente as Senhoras Rufina e Rosaura para a casa de Rebelo; e trazerem em cadeirinhas bem fechadas as filhas, que já choravam perdidas ambas, supondo-as roubadas pelos pés-rapados, sedentos de vingança contra os mercadores.
Quanto ao Nuno e ao Lisardo, continuaram hóspedes de Vital Rebelo até aquele dia em que o mancebo, fornecendo-lhes trajos de gala e cavalos ajaezados, os trouxera à casa do Simão Ribas, onde os achamos neste momento.
Vital Rebelo tomou pela mão ao Nuno e levou-o á presença do Viana, que o esperava com severa carranca. Ajoelhou o filho aos pés do pai, e balbuciou algumas palavras pedindo-lhe perdão de sua culpa e a restituição da bênção.
— Está perdoado, disse o Viana em barítono, dando ao filho a mão a beijar. Levante-se, e agradeça ao Sr. Vital Rebelo que intercedeu em seu favor.
Voltou-se o Nuno para o alferes o qual lhe deu um abraço. O Viana continuou.
— A pedido do mesmo Sr. Rebelo consinto que sente praça na milícia com o posto de alferes que ele cede em seu benefício.
Desta vez foi o Nuno que abraçou com entusiasmo seu protetor.