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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/61

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verdes. Sabia ele de que têmpera era a soberba dos Cavalcantis, como o ódio de André, de Figueiredo: não bastava para dobrar esse aço o favor de algumas palavras. embora de pessoa de tamanha valia.

Três dias depois, sobre tarde, Vital Rebelo encaminhou-se a cavalo para Olinda, ansioso por ver Leonor, em cujos formosos olhos se não tinha mirado desde muitos dias.

Passou a ponte do Varadouro, subiu a ladeira, e entrou na Rua de São Bento. Estava a donzela à sacada, e debruçou-se ao avistar o galante cavalheiro, pendendo-lhe da mão mimosa uma cândida e formosíssima teia de Cambray, cercada de rendas de Flandres.

Quando passava o mancebo por baixo da janela, soltou-se o lenço que Vital Rebelo, recebeu na palma, beijando-o uma e muitas vezes, sobretudo nos emblemas que trazia bordados a fio de seda pelas mãos de Leonor, e eram um cravo encarnado ao qual servia de vaso um coração.

Tornando a casa, ainda enlevado, agradecia o alferes a Sebastião de Castro sua ventura; pois aquela prenda. trabalhada por Leonor nas horas de saudade, não teria ela nem ânimo nem liberdade de oferecer-lha, se não houveram cessado a severidade e vigilância de que a cercavam.

De feito, o que Vital não ousara esperar veio a realizar-