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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/77

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dando-me sua mão, aceitou-se por minha companheira e dona de quanto me pertence, é de razão que a conduza a sua casa.

Voltando-se então para o amigo:

— Capitão Eusébio Monteiro, mandai vir o palanquim de D. Leonor e os cavalos que meus criados devem ter à mão aqui perto.

Enquanto saía o capitão a satisfazer o pedido, Leonor aproximou-se tímida e vergonhosa de seu noivo para suplicar-lhe que fizesse a vontade à mãe.

Pelos olhares que trocava a donzela com D. Lourença, enquanto balbuciava palavras trêmulas, se estava conhecendo que ela desempenhava uma parte que lhe fora destinada naquele drama de família.

Ao ver com que respeito Vital escutava Leonor e o mimo de suas maneiras buscando dissuadi-la da idéia de condescender com a vontade da mãe, os parentes tinham por certa a vitória. Cuidavam eles que às delícias de uma noite de noivado, não havia tenção que lhe resistisse.

Da porta, Eusébio Monteiro fez sinal ao amigo, que sua ordem estava cumprida.

— Vamos, D. Leonor! disse Vital oferecendo a mão à sua noiva.

Ainda chegou a donzela a roçar os dedos afilados na palma do cavalheiro: mas retraiu-se logo