bem convencido foi que resolvi buscar a intervenção de Vossa Senhoria.
Fechou-se então de todo o fidalgo:
— Como governador desta capitania, encarregado de prover às necessidades da República, veda-me o meu regimento intrometer-me no sagrado da família, retrucou Sebastião de Castro.
— Neste caso não devia o senhor governador ter trazido as cousas ao ponto a que chegaram.
— Naquela ocasião o vosso casamento resolvia graves dificuldades, e acabava com uma rixa, que turbados como andavam os ânimos, podia ser o facho da guerra civil; estava pois na minha alçada, pois que daí dependia a paz da capitania. Agora não é assim; realizou-se a aliança, e só do senhor depende mantê-la.
— Todavia, esta semana passada, certo rapaz que desinquietara uma rapariga lá para Santo Amaro, foi obrigado a casar por ordem de Vossa Senhoria.
— Não há tal. Seria por ordem do meu ajudante, e sem conhecimento meu.
Tinha Sebastião de Castro esta balda de lançar à conta dos subalternos a culpa dos atos que praticava, quando sobre eles cala a censura. Por este modo arranjava para si o cômodo rojão do rei constitucional, que não pode errar; mas pouco lhe valeu isso contra os ataques dos olindenses e mais tarde contra o achincalhe dos mascates.
Apesar do que dizia