Era o preto, que pouco antes tinham visto sentado no chão.
— Que lhe dizia eu? observou a irmã de Estácio. Ali vai o infeliz de há pouco. Uma laranja chupada no capim e três ou quatro quadras, é o bastante para lhe encurtar o caminho. Creia que vai feliz, sem precisar comprar o tempo. Nós poderíamos dizer o mesmo?
— Por que não?
A moça recolheu-se ao silêncio.
— Helena, isso que você acaba de dizer... Vamos, estamos sós; confesse alguma tristeza que tenha.
— Nenhuma, respondeu a moça. Peço-lhe, entretanto, uma coisa.
— Diga.
— Peço-lhe que me comunique todas as más impressões que tiver a meu respeito. Explicarei umas, procurarei desvanecer-lhe outras, emendando-me. Sobretudo, peço-lhe que escreva em seu espírito esta verdade: é que sou uma pobre alma lançada num turbilhão.
Estácio ia pedir explicação mais desenvolvida daquelas últimas palavras; mas Helena, como se esperasse a pergunta, brandira o chicote,