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Página:Helena.djvu/76

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definitivamente regressar, e Helena não pôs objeção nenhuma. Torceram a rédea aos animais e desceram.

— Não poderei falar à bandeira? perguntou a moça. Deixe-me ao menos dizer-lhe adeus.

Tinha já tirado da algibeira o seu fino lenço de cambraia; agitou-o na direção da casa. Quis o acaso que a bandeira, até então quieta, se movesse ao sopro de uma aragem que passou.

— Vê como ela me respondeu? Não se pode ser mais cortês! exclamou Helena, rindo.

Estácio riu também da lembrança da irmã, e, ambos desceram, a passo lento, como haviam subido. Helena vinha taciturna e pensativa. Os olhos, cravados nas orelhas de Moema, não pareciam ver sequer o caminho que o animal seguia. Estácio, para arrancá-la ao silêncio, fez-lhe uma observação acerca de um incidente do caminho. Helena respondeu distraidamente.

— Que tem você? perguntou ele.

— Nada, disse ela; ia... ia embebida naquela toada. Não ouve?

Ouvia-se, efetivamente, a algumas braças adiante, uma cantiga da roça, meio alegre, meio plangente. O cantor apareceu, logo que os cavaleiros dobraram a curva que a estrada fazia naquele lugar.