bradou Roberto; – o senhor Eduardo pode quebrar o juramento, e o senhor meu tio pode faltar à sua palavra quantas vezes quiserem. E adeus! passem muito bem, e façam o que entenderem.
E sem querer ouvir mais nada, montou em seu animal que ali estava ainda arreado, e picou a galope caminho de sua casa.
Os dois ficaram imóveis, pasmos e silenciosos por largo tempo olhando o cavaleiro, até que este se encobriu pela avenida de um capão vizinho.
– Que desalmado e brutal sobrinho tem o senhor Ribeiro, – disse Eduardo; – e era a um tal homem que o senhor ia entregar sua filha?...
– E não menos desalmado e cruel, – retrucou-lhe Ribeiro, – é o senhor, que por um vão escrúpulo deixa sucumbir minha infeliz filha.
– Jurei, senhor Ribeiro, e não sou homem que falte ao meu juramento por motivo nenhum deste mundo.
– E diz que quer muito... que adora a minha Paulina... oh!... perdoe-me; não posso acreditá-lo.
– Senhor Ribeiro, por compaixão, não agrave com suas queixas a dor de meu coração, que, – esteja certo, – sofre tanto ou mais do que o seu. Adoro a sua filha, e sei que sem ela serei o mais desgraçado