que não desistia de seus intentos sobre ela, recorreu às ciladas.
Jupira gostava de caçar pássaros. Com um pequeno arco e flechas proporcionadas às suas forças, ela varava os jaós, inhambus, macucos, capoeiras e outras aves que abundavam naquelas florestas, e abastecia de copiosa caça o rancho de seu pequeno bando. Um dia à hora do pôr-do-sol ela estava sozinha com sua mãe à beira de um capão embalando-se indolentemente em sua maca de palhas de buriti e abanando o rosto e enxotando as mutucas com o cocar de penas, que havia tirado da cabeça. Seus companheiros vagueavam pelo campo a pouca distância. Um jaó começou a piar dentro da mata. Jupira saltou lestamente da rede, tomou o arco e flechas, e embrenhou-se no capão, sem que sua mãe, que estava ocupada em esfolar um tamanduá, desse fé daquele movimento.
O jaó é uma ave grande e excelente de se comer, mas muito arisca e dificílima de se caçar.
Os índios e os sertanejos, que com eles aprenderam, empregam uma engenhosa astúcia para os atrair e apanhar. É de ordinário ao pôr-do-sol que os jaós costumam piar, vagueando pelas sombras da mata. O caçador esconde-se cuidadosamente em alguma moita junto ao lugar, em que os ouve piando,