beijos. Transido de assombro e de terror, Quirino contemplava aquela cena.
Quando ela levantou-se com os lábios, as faces e o colo manchados no sangue de Carlito, estava hedionda!... Quirino horrorizado estava quase a lançar-se ao rio. Mas ela imediatamente ameigando a voz, e abrindo-lhe os braços:
– Agora sou tua, – disse, – abraça-me!
Quirino arrojou-se aos braços dela com o frenesi de uma paixão louca, que o levara a praticar o mais vil e hediondo assassinato. Mas ao mesmo tempo que a ia apertando contra o peito, a faca de Jupira lhe ia atravessando o coração, e nas vascas da morte ele ouvia uma voz rouca e sinistra rosnar-lhe ao ouvido estas palavras:
– Morre também, vil matador! eu não te quero...
Dois dias depois encontrou-se boiando, já a uma légua de distância, uma canoa sem ninguém que a governasse, mas tripulada por uma multidão de urubus, que disputavam entre si os restos de dois cadávares.