suor aos ardentes raios do sol de agosto. Os golpes do machado restrugiam compassados pela encosta ao som da cantiga monótona do africano. De tempos a tempos ouvia-se um rangido horrendo; um rápido e passageiro tufão atravessava uivando a floresta, e a terra estremecia ao medonho estrugido de um tronco, que baqueava no meio da grita e alarido dos rudes trabalhadores.
Ao pé da encosta, onde se fazia a roçada, e à beira de um pequeno córrego havia um rancho ou coberta de capim de beira no chão, como os há em todas as roças, onde se preparava a comida para os escravos, e que lhes servia de guarida contra os temporais.
Enquanto no interior do rancho uma escrava preparava comida dos trabalhadores, assentada à porta se via uma alva e delicada figura, que contrastava singularmente com a bronca e selvática perspectiva de tudo que a rodeava. Era uma menina de dezesseis ou dezessete anos, alva, esbelta, e de compridos cabelos castanhos.
Tinha no regaço uma peneira, em que estava limpando o arroz, que tinha de servir ao jantar. Os pés encruzados pousavam sobre umas tamanquinhas de marroquim vermelho, e a saia do vestido cor de rosa meio apanhada deixava ver as extremidades das