Bons dias, prima; – amanheceu hoje tão amarelinha!... coitada!... parece uma defuntinha! mas sempre bonita assim mesmo; bonita como ninguém!... é tal qual uma santinha de cera!... eu já vi uma Nossa Senhora de gesso, que era essa sua carinha sem tirar nem pôr... é preciso a prima dar um passeio lá em casa... suas primas estão com uma saudade da senhora! também há de ser bom para seu incômodo; a mana Mariquinha também costuma sofrer disso e dá-se bem com o passeio.
Outras vezes saía com uma espingarda pelo mato, e fazia as maiores diligências para trazer à prima uma caça delicada, um jaó, uma paca, uma perdiz.
A prima anda com tanto fastio! talvez esta caça lhe faça abrir a vontade de comer; mande a Susana prepará-la bem feita para o seu jantar.
Ai! todos aqueles obséquios, todas aquelas finezas eram perdidas. Paulina bem via que Roberto a amava extremosamente; tinha pena dele, e não desejava magoá-lo, ainda que suas contínuas atenções e galanteios não deixassem de importuná-la. E quanto mais crescia o amor que Eduardo lhe inspirara, mais fria, reservada e mesmo triste se mostrava, não de propósito, mas até mesmo a pesar seu, para com o pobre Roberto. Nem por isso deixava de dirigir-lhe algumas palavras de