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Página:Historia e tradições da provincia de Minas-Geraes (1911).djvu/83

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– Então parece-se comigo?

– Alguma coisa... ao menos na formosura. Linda como ela, só a senhora e mais ninguém.

– Que lisonja! murmurou Paulina, que cada vez se tor­nava mais pálida e estava branca como papel.

– Lisonja não, senhora. Eu pensava, que não seria possível encontrar no mundo criatura tão bela como Lucinda; depois que vi a senhora, desenganei-me, e falo sinceramente e com o coração nas mãos, se não quisesse tanto bem a Lucinda, teria impreterivelmente de amar a senhora...

– Quem sabe!... disse automaticamente Paulina, des­concertada, trêmula e sem já saber o que dizia. – Então o senhor quer muito bem a essa moça?

– Muito! muito! – disse Eduardo com exaltação e sem reparar na crescente perturbação de Paulina. Amo-a sincera e ardentemente, e nunca, nunca hei de deixar de amá-la.

– Feliz mulher!... mas dizem que os moços todos são tão inconstantes...

– Pode ser... mas eu... eu nunca serei infiel... porém d.Paulina!... que tem?.. está tão pálida e trêmula! Meu Deus! está sofrendo alguma coisa?...

– Não é nada; replicou Paulina esforçando-se por mostrar-se tranqüila; – quando o sol entra,