seus hábitos de Paris, em que o comendador julgou não dever perturbá-lo. Acordava portanto às 11 horas da manhã, exceto os domingos, em que ia à missa, para de todo em todo não ofender os hábitos da terra.
— Que diabo é isto, padre? gritou Camilo do quarto onde estava, e no momento em que uma girândola lhe abria definitivamente os olhos.
— Que há de ser? respondeu o Padre Maciel, metendo a cabeça pela porta: é a festa.
— Então a festa começa de noite?
— De noite? exclamou o padre. É dia claro.
Camilo não pôde conciliar o sono, e viu-se obrigado a levantar-se. Almoçou com o padre, contou duas anedotas, confessou ao hóspede que Paris era o ideal das cidades, e saiu para ir ter à casa do imperador do Divino. O padre saiu com ele. Em caminho viram de longe Leandro Soares.
— Não me dirá, padre, perguntou Camilo, por que razão a filha do Dr. Matos não atende àquele pobre rapaz que gosta tanto dela?
Maciel consertou os óculos e expôs a seguinte reflexão:
— Você parece tolo.
— Não tanto, como lhe pareço, replicou o filho do comendador, porque mais de uma pessoa tem feito a mesma pergunta.
— Assim é, na verdade, disse o padre; mas há coisas