que outros dizem e a gente não repete. A Isabelinha não gosta do Soares simplesmente porque não gosta.
— Não lhe parece que essa moça é um tanto esquisita?
— Não, disse o padre, parece-me uma grande finória.
— Ah! por quê?
— Suspeito que tem muita ambição; não aceita o amor do Soares, a ver se pilha algum casamento que lhe abra a porta das grandezas políticas.
— Ora, disse Camilo levantando os ombros.
— Não acredita?
— Não.
— Pode ser que me engane; mas creio que é isto mesmo. Aqui cada qual dá uma explicação à isenção de Isabel; todas as explicações porém me parecem absurdas; a minha é a melhor.
Camilo fez algumas objeções à explicação do padre, e despediu-se dele para ir à casa do tenente-coronel.
O festivo imperador estava literalmente fora de si. Era a primeira vez que exercia aquele cargo honorífico e timbrava em fazê-lo brilhantemente, e até melhor que os seus predecessores. Ao natural desejo de não ficar por baixo, acrescia o elemento da inveja política. Alguns adversários seus diziam pela boca pequena que o brioso coronel não era capaz de dar conta da mão.