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TRADIÇÃO GALANTE DE D. MIGUEL
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baptismo do punch, sahido excellentes maridos. Mas tambem não lançarei á conta das responsabilidades de D. Miguel o desastre da mesa e a coincidencia de haver palha em baixo quando elles comiam em cima.

Aqui está o que pudémos obter da collaboração de tres homens: o barão de Eschwege, J. B. Mesnard e Barreto Feio.

É pouco, sobretudo se attendermos a que foram tres os informadores, todos elles dispostos a não ter complacencias respeitosas para com D. Miguel de Bragança.

Passarei agora a occupar-me da annunciada aventura, que corre parelhas com a da capellista em Paris. Vamos pois ao encontro de D. Miguel, que se passou a Roma depois da convenção de Evora-Monte, e admiremos-lhe o bom humor com que forçadamente desceu do throno.

Não me demorarei a meditar sobre o texto do celebre folheto D. Miguel em Roma (Londres, 1844), que pregôa as miserias que aquelle principe soffrêra na cidade do papa. E não me demorarei porque, sob o ponto de vista d'este artigo, tenho aquellas miserias por incompativeis com o desassombro de animo com que o snr. D. Miguel de Bragança refinava em galanterias audaciosas.

Não vou inventar um caso, mas unicamente apoiar-me n'uma pagina das Noites parisienses, de Méry, que, para maior escrupulo, traduzirei quanto possivel acostado ao texto.