E emquanto as odaliscas conspiravam, é provavel que a favorita, depois de ter enfiado na cabeça do sultão o barrete de algodão branco, e de lhe haver conchegado aos sovacos a roupa da cama, principiasse a cantar-lhe qualquer canção terna que o acalentasse, como por exemplo:
Dorme, que eu vélo, seductora imagem,
Grata miragem que no ermo vi!
E o sultão, espirrando:
—Ora esta! Estou constipado!
A favorita:
—Não é nada, meu maridinho. Se queres, mando o primeiro ministro á botica comprar borragens para tomares um suadouro.
—Deixa vêr se isto passa.
—Pois sim. Pois sim...
E cantando:
Dorme, dorme, meu sultão rurú,
Canta Mafoma, e dorme tu.
E o sultão, como um bom chefe de familia, apesar de constipado:
—Os pequenos?
—Deixa lá os pequenos, que já estão recolhidos.
—É que, tendo havido hontem um caso de variola no imperio, preciso mandar vaccinal-os.
—Então! snr. meu marido! Deixe lá isso e durma, quando não ralho muito comsigo.