— Não!
— É de admirar! Pois, creia-me, dela, além dos atuais, fizeram e fazem parte ainda: Alexandre Ferreira, Conceição Veloso, Gomes de Sousa, o doutor José Mauricio Nunes Garcia, Domingos Freire, Tito Lívio de Castro, Morais e Vale, José Bonifácio...
— José Bonifácio, dos Esquecidos!
— Sim! Aquele mineralogista que depois foi político. E como não?
— Ah!
— Compreende-me, agora? Pois bem. Atualmente, presido eu a Academia, disse o desembargador com ênfase; e espero que, como um paladino, ofereça à sua noiva a árdua vitória de fazer parte dela: Está aqui a minha mão, Nenê...
Os três sábios despediram-se tocantemente; faltou, porém, o quarto sábio. Talvez fosse o único que não levasse n’alma engano cego; mas a pequena levou, creio, durante o primeiro ano.
Na rua, monologava Soares: um caso novo, um detalhe original, onde hei de buscá-los? Fui bom estudante e, talvez por isso, nunca supus que, na ciência, houvesse novidade. Tudo já estava feito e, quando não estava, quando se queria coisa nova, compravam-se as revistas estrangeiras e lá estava a coisa digeridinha. E — que diabo! — para que havia eu de aumentar a dificuldade dos estudantes? Não bastavam os europeus, os tais alemães? Já que era preciso descobrir ou inventar para casar, vá lá! Mas não era já suficiente ser “doutor” para casar? Ainda mais esta! Até o que se havia de pedir para casar bem! Ora bolas! Estou quase desistindo... Não! É preciso ter-se uma posição decente na sociedade, um bom casamento, se não rico, pelo menos semirrico... Se não descubro, forjico qualquer coisa e a ciência que se amole... A ciência é um enfeite; é assim como este anel de safira.
E olhou para a pedra quase tão dura como o diamante, a