asse alguns papeis do Estado, perguntou-lhe ella se os impostos eram pagos com pontualidade.
--_Ohimé!_ exclamou elle, repetindo essa palavra que lhe ficara de um missionario italiano. Poucos impostos têm sido pagos. Eu não quizera mandar cortar a cabeça aos contribuintes... Não, isso nunca... Sangue? sangue? não, não quero sangue...
--E se eu lhe der um remedio a tudo?
--Qual?
--Vossa Magestade decretou que as almas eram femininas e masculinas, disse Kinnara depois de um beijo. Supponha que os nossos corpos estão trocados. Basta restituir cada alma ao corpo que lhe pertence. Troquemos os nossos...
Kalaphangko riu muito da idéa, e perguntou-lhe como é que fariam a troca. Ella respondeu que pelo methodo Mukunda, rei dos Hindus, que se metteu no cadaver de um brahamane, emquanto um truão se mettia no d'elle Mukunda,--velha lenda passada aos turcos, persas e christãos. Sim, mas a formula da invocação? Kinnara declarou que a possuia; um velho bonzo achára copia d'ella nas ruinas de um templo.
--Valeu?
--Não creio no meu proprio decreto, redarguiu