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Página:Historias sem data.djvu/285

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chamar os academicos; vieram todos menos o presidente, o illustre U-Tong, que estava enfermo. Eram treze; prosternaram-se e disseram ao modo de Sião:

--Nós, despreziveis palhas, corremos ao chamado de Kalaphangko.

--Erguei-vos, disse benevolamente o rei.

--O logar da poeira é o chão, teimaram elles com os cotovelos e joelhos em terra.

--Pois serei o vento que subleva a poeira, redarguiu Kalaphangko; e, com um gesto cheio de graça e tolerancia, estendeu-lhes as mãos.

Em seguida, começou a fallar de cousas diversas, para que o principal assumpto viesse de si mesmo; fallou nas ultimas noticias do occidente e nas leis de Manú. Referindo-se a U-Tong, perguntou-lhes se realmente era um grande sabio, como parecia; mas, vendo que mastigavam a resposta, ordenou-lhes que dissessem a verdade inteira. Com exemplar unanimidade, confessaram elles que U-Tong era um dos mais singulares estupidos do reino; espirito raso, sem valor, nada sabendo e incapaz de aprender nada. Kalaphangko estava pasmado. Um estupido?

--Custa-nos dizel-o, mas não é outra cousa; é um espirito raso e chocho. O coração é excellente, caracter puro, elevado...