ANGELINA
Brilhante como uma estrella,
creança e já n’uma cova!
J. Eustachio de Azevedo.
Ter doze annos somente
E nesta edade soffrer!
Sonhar um porvir ridente
E nesta aurora morrer!
Eis o que foi-te a existencia,
O’ desditosa Angelina!
Doce lirio de innocencia,
Pobre flóco de neblina.
Como dois botões pequenos,
Duas flores orvalhadas,
Teus olhos dormem serenos,
Sob as palpebras cerradas.