de brio... Não é como certa gente que conheço...
Ao dizer estas palavras, voltara-se Pereira para Meyer a contemplá-lo atentamente.
Estava na verdade o alemão digno de exame, posto ainda de parte outro qualquer motivo que não o de simples curiosidade.
Dormia com as pernas e braços abertos e caldos para fora do estreito leito das canastras: tinha o queixo muito levantado pela posição incômoda da cabeça, deixando a boca meio aberta ver uma fieira de magníficos dentes.
—Está roncando, hem? murmurou o mineiro. Cavouqueiro... a mim você não engana..., mas é o mesmo!
Iam as prevenções de Pereira tomando proporções de idéia fixa, e Meyer, na simplicidade da ignorância, como que de propósito ministrava elementos para que elas mais e mais se fossem arraigando.
Assim, ao almoço, lembrou-se de perguntar entre duas enormes colheradas de feijão:
—Sua filha, Sr. Pereira? Como vai? É melhor?
—É melhor o quê, Mochu? exclamou o pai com modo esquivo.
—A saúde dela é melhor?
—Está melhor; está, está, respondeu Pereira muito secamente. Está boa... vai fazer uma viagem...
—Viagem, para onde?... Até a vila?
—Homem; Mochu, observou o mineiro um tanto