exclamaram com assombro o doente e Pereira.
—Jarracatiá?! gaguejou por seu turno Meyer, arregalando os olhos, que é jarracatiá?
—Mas isso vai queimar as tripas do homem, observou o mineiro.
Cirino replicou um tanto ofendido:
—Não sou nenhum criançola, Sr. Pereira. Sei bem o que estou dizendo. Este remédio é segredo meu, muito forte, muito daninho; mas não é nem uma, nem duas vezes, que com ele tenho curado empalamados. A coisa está no modo de dar o leite e na quantidade: por isso, é que não faço mistério, avisando contudo que com uma porçãozinha mais do que o preciso, o doente está na cova...
—Salta! atalhou Pereira, tal mezinha não quero eu... antes ficar empalamado.
—Que é jarracatia? tornou a perguntar Meyer.
Coelho abaixou a cabeça e parecia estar refletindo na resolução que havia de abraçar.
Depois, com voz melancólica:
—O dito, dito, declarou, aceito tudo o que vosmecê me der. Agora, quanto fizer está bem feito... Como é que devo tomar o jaracatiá??
—Em tempo lhe direi, replicou Cirino. Fazem-se três cortes no pé da árvore e deixa-se correr o primeiro leite: eu mesmo hei de recolher o que for bom. Tenha toda a confiança em que o senhor ficará são... Bem sabe, ninguém em negócio de doença, mais do que outro qualquer, pode nunca dizer: isto há de ser assim ou assado... Todos estamos