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Página:Innocencia (1872).djvu/78

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faz mal a ninguém. Aqui fica duas, três e mais semanas e depois dispara como um mateiro para a casa da mãe. E uma espécie de cachorro de Nocência. Não é, Tico?

Fez o mudo sinal que sim e apontou com ar risonho para o lado da moça.

Pereira, depois de todas aquelas explicações que o anão parecia ouvir com satisfação, disse, voltando-se para este, ou melhor abaixando-se em cima de sua cabeça:

—Agora, meu filho, vai ao curral grande e apanha para mim uma mãozada de folhas de laranjeira da terra... daquele pé grande que encosta na tronqueira.

Mostrou o homúnculo com expressivo gesto que entendera e saiu correndo.

Ia Cirino deixar o quarto, não sem ter olhado com demora para o lugar onde estava deitada a enferma, quando Pereira o chamou:

—Ó doutor, Nocência quer beber um pouco de água... Fará mal?

—Aqui não há limões-doces? indagou o moço.

— É um nunca acabar... e dos melhores.

—Pois então faça sua filha chupar uns gomos.

Pereira, depois de ter paternalmente arranjado e dispostos os cobertores ao redor do corpo da menina, acompanhou Cirino que, parado à porta de saída, estava mirando