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Página:Innocencia (1872).djvu/90

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Entrara José com uma canastra ao ombro e, descarregando-a no canto menos escuro do quarto, julgou dever, sem mais demora, declinar a qualidade e importância da pessoa que lhe servia de amo.

—O sr. aqui é doutor, disse ele apontando para o alemão e dirigindo-se para Cirino...

—Doutor?! exclamou este com despeito.

— Sim, mas doutor que não cura doenças. É alamão lá da estranja, e vem desde a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro caçando anicetos e picando borboletas...

— Borboletas? interrompeu com admiração Pereira.

— Acui cui! Por todo o caminho vem apanhando bichinhos. Olhem... aquele saco que ele traz...

—O meu camarada, avisou com toda a tranqüilidade e pausa o naturalista, é muito falador. Os senhores tenham paciência... Ande, Juque, deixe de tagarelar! ...

—Não, protestou Pereira levado de curiosidade, é bom saber com quem se lida... Então o Sr. vem matando anicetos? mas para que, Virgem Santíssima! ...

—Para quê? retrucou o camarada descansando as mãos na cintura. O patrão e eu já temos mandado mais de dez caixões todos cheinhos lá para as terras dele...

—Depois o pais fica sem borboletas, respondeu Cirino, num assomo de despeitado patriotismo.

—Mas, como é que o sr.