Não há necessidade de explicar mais em pormenor, como pode ser útil, o pouco tempo que darão para saber por alguns momentos de leitura, o que a experiência mais longa apenas esboça. Quantos capitães de navios de guerra, oficiais subalternos que envelheceram nesta profissão, ignoram esse conhecimento, por não terem tido tal ajuda! Quantos mercadores não sofreram perdas consideráveis, entregando o cuidado dos seus bens a capitães ignorantes, que, no entanto, consideravam espertos, aliás, e que só tiveram infortúnio por falta desta ciência que deve fazer parte da navegação!
Os bárbaros encaram este conhecimento como um dos principais. Sem ela, teriam negócios diários com os poderes com quem negoceiam em paz, e não deixam de os adquirir. Os qui pro quo, que nasceram da sua ignorância, podem ser fatais para eles, e não gostam de fazer capturas inúteis.
Que uso seria feito dessas bandeiras, desses estandartes, se não fosse com o propósito de dar a conhecer as diferentes nações que compõem as quatro partes do mundo, e que somos mais capazes de ver no mar do que em qualquer outro lugar; por isto conhecemos aqueles com quem somos amigos, aqueles com quem somos inimigos, e como é bom reconhecer estes denários para evitar o mais possível o seu encontro, é bom adquirir este conhecimento que muitas vezes nos orgulhamos de pôr em prática.
Para aqueles que não viajam no mar, encontrarão algo para satisfazer a sua curiosidade. Sendo o brasão uma coisa que se deve saber, este divertimento vai torná-los tanto mais agradáveis quanto virem a exatidão, e a regularidade com que se dá a explicação destes vários brasões, e será capaz com estes princípios de o aprender muito facilmente.
Para além das bandeiras e estandartes, ainda fazemos a explicação das chamas que são arvoradas nos navios de guerra para conhecer o almirante com os outros, o chefe de asa, as diferentes asas, que compõem as frotas.
