o honrado Bartholomeu da Ventosa representa nos seus sonhos a industria-agricola, ou a agricultura-industrial, genero de existencia lembrado pelos economistas da Alemanha para salvar as classes laboriosas do horrivel futuro com que as ameaça o vapor; porque se ha-de advertir que alguns restos de prudencia e juizo que ainda havia cá por esta nossa Europa varreu-os Deus para aquelle canto do mundo, a que nós chamamos a terra das theorias e das chimeras; nós os homens do meio dia, que fazemos phalansterios e não sei quantas mais comedias politicas capazes de fazer rir... quem direi eu? O proprio mirradissimo S. Pantaleão da cidade eterna.
Eterna, entenda-se, até que o primeiro cometa venha embrulhar na cauda este nosso microcosmo tão caturra e parvo chamado o orbe terraqueo.
Celebra-se a festa de S. Pantaleão a vinte-sete de julho; data preciosa e averiguada por mim em largas vigilias, consumidas em revolver breviarios, antiphonarios, legendarios, missaes, sanctoraes, e livros historiaes, na phrase daquelle grande rhetorico Gomes Eannes. Está a folhinha pontualissima; podem acreditar-me! Celebrou-se, celebra-se e ha-de celebrar-se a festa de S. Pantaleão, o bemaventurado physico, todos