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Página:Lendas e Narrativas - Tomo II.djvu/192

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immortal marido de Lady Byron dizia de nós a proposito de uns cachações com que o massacraram certa noite á saída de S. Carlos:


“Nação impando de ignorancia e orgulho,
Que lambe e odeia a mão que brande a espada
Que do Gallo assanhado á zanga o rouba... [1]

* * * * *



Onde é sujo o palacio ao par da choça,
E o hospede forçado em lama trepa;
Onde nobres, plebeus nunca pensaram
Em ter limpa a casaca ou roupa branca, [2]
Posto que a lepra egypcia os cubra e rôa,
Intacta d’agua a pelle, e a grenha hirsuta.

Servos torpes e vis, [3] bem que nascidos
Nas pompas da creação. Tola és, natura,
Com defunctos ruins em gastar cera.

Eis o que elles dirão lendo a tua inconscienciosa defeza dos costumes e credulidades dos tempos do jesuitismo e da inquisição.”

  1. Isto escrevia o nobre Lord em 1809, quando os inglezes reivindicavam dos francezes o throno de Beresford 1.º occupado pelo usurpador Junot 1.º—­(Nota do gamenho que fala).
  2. Estylo epico em Inglaterra e na Cafraria.
  3. Poor paltry slaves!—­Pobre na livre Inglaterra é synonimo de desprezivel e vil, por isso traduzo assim.—­(Nota do gamenho orador).