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Página:Lendas e Narrativas - Tomo II.djvu/229

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havia entre a rapaziada do logar, mas desde que entrára para casa do tio Bartholomeu, nunca mais puzera pés no campanario. Nos meneios, no gesto, no olhar lhe revia a sêde, a ancia, a saudade das harmonias risonhas, doudas, estrugidoras de um repique desenganado. Vinha tão cégo, que só viu João Nepomuceno (assim se chamava o sacristão) quando deu de rosto com elle. Estacou embatucado; tirou o barrete, e começou a coçar a região occipital, olhando de revez para o sacristão, que se encostára á hombreira, com as mãos cruzadas atraz das costas, assobiando o Veni Creator.

“É-lé Graviel!—­disse este por fim com um sorriso.—­Você hoje campou. O patrão é festeiro; fica o moinho a dormir! Heim? Galdére; não é assim? Mas, cos dianhos! não sei como não vieste cá dormir. Bota os olhos acolá para o arraial. Vês? Duas bolaxeiras, e a tia Sezila com queijadas; e disse. Ainda nem sequer o Chico appareceu para começar o repique. Pois para isso não é cedo, que a missa da festa é ás dez em ponto. Já o padre Chaparro e frei José dos Prazeres estão na sancrestia, e dizem que não tarda ahi frei Narciso, que vem servir de mestre de ceremonias.”

“Oh sô João de Permecena!—­acudiu o