“Não é nada, padre prior; não é nada:”—diziam conjuntamente o Manuel e a Bernardina, mais com a mão, fazendo um gesto negativo, que com as palavras, enredadas inintelligivelmente com as do moleiro, da ama, e da lavadeira.
“Fale um!”—gritou o prior.—“Assim fico jejuando.”
“Foi.....”--disseram todos ao mesmo tempo.
“Peior!”—acudiu o parocho.—“Cada um por sua vez. Vamos.”
“Saiba vossenhoria...”—vociferou o moleiro, ganiu Perpetua Rosa, flautou a ama, murmurou o Manuel, pipitou Bernardina, clamaram os circumstantes.
“Visto isso, é impossivel saber de que se tracta?”—interrompeu de novo o prior.—“Está bom... Não importa! Depois da festa averiguaremos o caso. Tudo para dentro já! Vá tomar o seu logar, Bartholomeu. Estão os mesarios á espera, e você entretido aqui com estas toleironas! Vamos. Nem mais uma palavra.”
E dizendo e fazendo, recolhia-se para a sacristia. No relogio de sol o gnomon estendia exactamente a sua sombra sobre o ponto de intersecção marcado pelo X. As rebecas soltaram a sua chiadeira quasi harmonica, e o